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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Tarde Ensolarada

O balançar!
Voltas e mais voltas
No entardecer o sol reluzente

O estudo necessário... Hobsbawm!
Paginas e paginas... Espere!
- Amor tenho que estudar!
Ok! Venha cá!

Deitada em meu peito
Analiso sua expressão, seu rosto!
Acariciando lentamente com as costas da mão

O balançar da rede
O fim da tarde
Será eterno!

Juras de amor
Carinhos, no cabelo, na face. Abraços!
O vai e vem
Séculos passam-se a cada movimento

Amor eterno!
Os movimentos pararam
A rede está vazia!

Foi tudo um sonho? 

(Crimson)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Banalidades

O clímax momentâneo supera anos de empolgações vazias. Achar o tempo certo é quase impossível, mas continuamos.

Continuamos por quê?

A necessidade do ser humano de ser, poder e possuir transcende qualquer estabilização social. O homem acima de tudo é um catalisador de novas emoções, o que o transforma em um caçador nato, de aventuras constantes.

Infelizmente essa busca interminável, deixa marcas profundas em outros humanos. Ao qual não existem teorias, conselhos, métodos ou o que quer que seja que altere tais marcas, esse é o registro histórico dos relacionamentos sociais o que na teoria é chamado de “formação de caráter” ou “crescimento pessoal”.

Na pratica, não passa do vai e vem de intrigas, vinganças ou buscas de satisfações pessoais. Acho que por isso os velhos costumam ser chamados de sábios e os jovens de ingênuos. Ou ranzinzas charlatões e sonhadores impetuosos, respectivamente.

Fico com a transição... Ou como dizem: Carpe Diem!

(Crimson)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

...Durante a Valsa...

- Como se chamas?

- Beatriz, e tu?

- Eduardo...

- Quantos anos tem?

- 30 anos...

- E o trabalho!?

- Arquiteto...

- É solteiro?

- Até sábado, assim como você!

- Faltam cinco dias! Haha... 

(Luis Buñuel)




Diálogo do Filme: “O Anjo Exterminador, 1962”

HARAKIRI

Ele estava deitado á algumas horas, mas desejava poder contar alguns dias naquela posição.
Estava com dúvidas, perguntava-se constantemente se o que pensava era certo, se seus motivos eram suficientes para permitir que se desse o luxo de imaginar e nos momentos de profunda sinceridade...desejar.
Ele gostava dela, ela? Sua namorada, mas de uns tempos para “lá”, já não sentia a mesma coisa e se era a mesma coisa, era apenas um sentimento familiar, e isso o incomodava muito.
Sentia-se deprimido, queria no fundo apenas ter certeza de que gostava muito dela, e apesar de saber de tudo isso e saber também que perdê-la o mataria, ele não parecia ter muitas escolhas.
De repente ele passara a pensar em outras garotas, não por querer traí-la, isso seria impensável, mas, por uma incrível e inexplicável solidão. Uma solidão tão profunda que nem a certeza do amor de alguém sempre disponível acalmava. Quando pensava em deixá-la iludia-se, pensando nas novas oportunidades, sua solidão era assim, a sensação ou impressão de começar novamente, se afogar na esperança de um amor eterno imerso na dúvida do amor recém colhido o fazia pensar em ir embora.
Será que isso é normal, pensava. Ser uma pessoa que deseja mais do que tudo ficar com alguém para sempre, mas simplesmente fazer isso porque a melhor parte do amor é a dúvida do amor?
A responsabilidade que é vinculada ao sentimento de alguém por ele o fazia sentir-se enjoado.
Pensava que as oportunidades descentes haviam acabado, pensava que os adultos eram tristes, por que aparantemente ninguém se apaixona após os vinte, e essa sensação ele queria ter para sempre, lembrar do frio na barriga diante a chance de rejeição, os ouvidos tapados e o suor nas têmporas que profetizavam o beijo, era isso que ele temia perder, e era esse tipo de amor que o fazia feliz.
A capacidade que o homem tem de ficar horas pensando nela, pensando em como seria o mundo com ela mais perto e era essa a identidade que ele temia perder...
Confuso?

(Victor Marin)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Desculpe

Desculpe se eu fiz você chorar
Te esqueça, olha, o sol chegou
Me abrace, diga o meu nome
Diga que você me quer
Sinto o pulso de todos os tempos, comigo
Até quando eu não sei
Sinto o barato de todos os tempos, comigo
Até quando eu não sei

Mas desculpe, mas, eu vou me fechar
Não sou perfeito, nem mesmo você é
Me abrace, diga-me o meu nome
Diga que você me quer
Sinto o pulso de todos os tempos, comigo
Até quando eu não sei
Sinto o barato de ser ser humano, comigo
Até quando, até quando Deus quiser

(Arnaldo Baptista)