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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Flashes

O gosto doce invade a garganta
O cheiro floral parece penetrar suavemente
Invadindo o cérebro e tomando conta de todo o consciente

Lembranças vagas
Aparecem como flashes reluzentes e incertos.
Na madrugada, revejo sensações das quais nem sempre passei!

Um som baixo melancólico, sempre faz à trilha cinza e fria,
Em um fundo branco. Na memória distante como fotos velhas e desbotadas
O tempo para, às lembranças confusas, os personagens se transformam...

Não sou eu, é outro, mas às sensações são minhas...
Sou eu em corpo de outro, e ela!
Continua linda... Linda, mas diferente.

A idealização perturbante...
De quem são às memórias?
Minhas ou de outro?

De outro eu, um eu que nunca existiu!
E ela será que existiu? Sim, o gosto doce é real!
O cheiro... Traz-me à pele suave e macia. Sinto por todo corpo!

E o som baixo finalmente para...
Lembranças desgastadas fogem com o tempo
E o que me resta?

O silêncio vazio...


(Crimson)

terça-feira, 17 de abril de 2012

Cada Vez


Cada vez que acordo
Para nada encontrar
Do sonho que era ter o teu calor
Pela manhã
Me joga longe um novo dia.

E os dias passam lentos
Cada movimento custa
Ter que me lembrar de te esquecer
Cada manhã

Na verdade eu sou alguém
que custa muito a aprender
E eu tenho que acordar toda manhã
E eu tenho que acordar ...

Like a songbird at my window so free
You were no one else but me 

Like the shadow over my shoulder you see
You are no one else but me.

Na verdade me parece
Que eu não vou nunca aprender,
E eu tenho a vida inteira pra tentar.

(Vimana)

quarta-feira, 11 de abril de 2012

O Último

Todos ouviram
Um zumbido
Um giro
Um tiro

Todos sentiram
Um grunhido
Um estampido
Um suspiro

Todos olharam
Um risco
Um arco
Um brilho

Todos procuraram
Sigilo
Auxilio
Concilio

Todos sabiam
Corriam
Tremiam
Sorriam

Mas, nem todos fugiam...

Ele ficou com coragem
Parou com honra
Mijou com medo
Sonhou com ignorância
Caiu com martinitude

E sumiu com o tempo! 

(Crimson)

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Sacerdotes

A marca era vagabunda, mas o que importava era o torpor
O momento exato do desligar da mente, do mundo...
De um universo irreal disfarçado de existencial
In loco, mas completamente ausente

O efeito atordoante modela um comportamento elegante
De poder e controle, como um sábio ancião
Transborda conhecimento pelas conversas soltas e sofisticadas

Um artista da oratória, um conquistador da retórica e persuasão
Tendo em sua eloquência à compreensão de todos...
Mesmo com uma subjetiva plateia
Criada por ele ou por um comum interesse transcendental

As mentes enevoadas concluem-se simultaneamente
Poderosos profetas, juízes e filósofos
Construtores de ideologias sociais

Com interesses mundanos pessoais
Conservam uma exuberância imoral 
Com experiência surreal
De bares matinais.

(Crimson)