O cheiro floral parece penetrar
suavemente
Invadindo o cérebro e tomando conta de
todo o consciente
Lembranças vagas
Aparecem como flashes reluzentes e
incertos.
Na madrugada, revejo sensações das quais
nem sempre passei!
Um som baixo melancólico, sempre faz à
trilha cinza e fria,
Em um fundo branco. Na memória distante
como fotos velhas e desbotadas
O tempo para, às lembranças confusas, os
personagens se transformam...
Não sou eu, é outro, mas às sensações
são minhas...
Sou eu em corpo de outro, e ela!
Continua linda... Linda, mas diferente.
A idealização perturbante...
De quem são às memórias?
Minhas ou de outro?
De outro eu, um eu que nunca existiu!
E ela será que existiu? Sim, o gosto
doce é real!
O cheiro... Traz-me à pele suave e
macia. Sinto por todo corpo!
E o som baixo finalmente para...
Lembranças desgastadas fogem com o tempo
E o que me resta?
O silêncio vazio...
(Crimson)