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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Flashes

O gosto doce invade a garganta
O cheiro floral parece penetrar suavemente
Invadindo o cérebro e tomando conta de todo o consciente

Lembranças vagas
Aparecem como flashes reluzentes e incertos.
Na madrugada, revejo sensações das quais nem sempre passei!

Um som baixo melancólico, sempre faz à trilha cinza e fria,
Em um fundo branco. Na memória distante como fotos velhas e desbotadas
O tempo para, às lembranças confusas, os personagens se transformam...

Não sou eu, é outro, mas às sensações são minhas...
Sou eu em corpo de outro, e ela!
Continua linda... Linda, mas diferente.

A idealização perturbante...
De quem são às memórias?
Minhas ou de outro?

De outro eu, um eu que nunca existiu!
E ela será que existiu? Sim, o gosto doce é real!
O cheiro... Traz-me à pele suave e macia. Sinto por todo corpo!

E o som baixo finalmente para...
Lembranças desgastadas fogem com o tempo
E o que me resta?

O silêncio vazio...


(Crimson)

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