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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O Dia

O dia em que depois de horas de reflexão sentada no piso gelado do quintal, deu-se conta que as coisas não eram mais as mesmas do dia de ontem. Surgiram impressões em seu olhar, da menina que hoje já não é mais quem era, apesar de teus olhos não se apagarem de esperança, e as pequenas poções de sonhos ainda borbulharem em seu estômago.
Os tempos passaram, e quem percebeu foram os mesmos velhos nas ruas, e ela já não tenta entender o mundo.
Por um tempo notou as folhas caindo secas das arvores, disse a si mesmo que não desperdiçaria seu tempo precioso e que casa dia seria o melhor dia da sua vida.
Canta alegre pelas ruas, faz desenhos nas nuvens, cantarola, e acredita no novo mundo, mesmo que nem todo mundo...



(Bee Cee)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Canto Morredouro

Vozes contínuas... Trêmulas, roucas
O som suave, reconfortante
Mudara, sorrateiramente!
Lamento louco inconstante

Entoa o murmúrio sombrio
De navegantes abnegados
Que evoca o martírio notório
Entre soldados estonteados

Os gritos vagidos...
Em terras lúgubres
Transforma-se em gracejos líricos
De Deuses silvestres

Musas celestes em cantos lutuosos
Aludem as tormentas...
Em sufrágios impiedosos
O Homem reconforta-se

Em sopros honrosos. 


(Crimson)

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Scribere?

Haveria outra finalidade que não expor a dor para fora?
Uma angustação inexplicável, um “não sei quê”,
Que atropela! Uma sensação de afogamento sem água...
Pedra rolando no desfiladeiro?

Não! Talvez nunca o saberei,
Semelhante seria perguntar:
-Haveria resposta sobre o céu ser azul? Ou
Por que os ventos parecem movimentar-se com uma cadência rítmica?

Nas festas de confraternização ela está sempre comigo,
Nas reuniões de família, nos passeios domingo à tarde,
Nas caminhadas crepusculares, ela, a dor está sempre junto! Como um amigo!

Não sei sob qual vereda ela me seduziu, com sua beleza de Vênus...
Só sei que é amiga fiel e está sempre comigo! Recebam meus amigos:
É toda minha dor que entrego aos seus júbilos...


(Felipe Pöe)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

É difícil reconhecer os próprios erros. Mas é mais difícil se desculpar por esses erros, não pelo orgulho teimoso que acompanha a costumas arrogância humana, e sim porque quando se erra, você perde a credibilidade, perdendo a credibilidade se perde o respeito e por sua vez a confiança. Quando a confiança acaba, as desculpas se tornam vagas, sem crédito. É como uma cicatriz, seus erros sempre ficarão marcados não importa quantos acertos possa dar no futuro.

(Bruno) 

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Mulato Calado

Vocês estão vendo
aquele mulato calado
com o violão do lado
já matou um, já matou um
numa noite de sexta-feira
defendendo a sua companheira
a polícia procura o matador
mas em Mangueira
não existe delator
me dou com ele
é o Zé da Conceição
o outro atirou primeiro
não houve traição
quando a lua surgiu
terminada a batucada
jazia um corpo no chão
mas ninguém sabe de nada


(Wilson Batista)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Metal Contra as Nuvens

I

Não sou escravo de ninguém
Ninguém senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz

Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
É a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais.

Sou metal, raio, relâmpago e trovão
Sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Sou metal, me sabe o sopro do dragão.

Reconheço meu pesar
Quando tudo é traição,
O que venho encontrar
É a virtude em outras mãos.

Minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra tem a lua, tem estrelas
E sempre terá.

II

Quase acreditei na tua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.

Quase acreditei, quase acreditei

E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo.
Vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.

Olha o sopro do dragão...

III

É a verdade o que assombra
O descaso que condena,
A estupidez o que destrói

Eu vejo tudo que se foi
E que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.

Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos.

Sou metal, raio, relâmpago e trovão
Sou metal, eu sou o ouro em seu brasão
Sou metal, me sabe o sopro do dragão.

Não me entrego sem lutar
- Tenho ainda coração
Não aprendi a me render
Que caia o inimigo então.

IV

- Tudo passa, tudo passará...

E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.

E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
- Apenas começamos.
O mundo começa agora
- Apenas começamos.


(Legião Urbana)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A Nova Luz

Em meio a parques, sorvetes, bexigas, risadas e crianças, fim de semana ensolarado na cidade do Carmo com a família...
A zona leste de São Paulo me parecia o melhor dos mundos.
Tempo em que eu fitava o semblante de meu pai (quase sempre sério!).
Épocas de alegrias pequenas, vida pequena, onde até o cachorro da casa era personagem principal...
Hoje em dia em vão me tento explicar, as janelas são surdas!
Enquanto no jardim de casa um sapo canta desafinado...
Uma canção triste e solitária.
Depois do fenecimento de tantas ilusões, meus olhos foram perdendo a luz natural que tinham, como uma barreia defensiva do próprio corpo!
E depois de tanto tempo, vejo que o uso de apetrechos, tecnologias humanas são completamente inúteis para tentar se curar.
Essa cura não pertence ao mundo humano, e sim a uma cosmologia maior, uma transmutação que tarda em vir... Um peito que incha, uma nova luz que bate sobre o corpo.


(Felipe Pöe)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O Grito

Acordou, vislumbrou uma luz fraca que mesmo assim lhe queimava os olhos, logo se acostumou e percebeu que olhava para o céu infinito da noite, à luz era da lua, cheia e gigantesca, levantou o suficiente para sentar-se, estava à beira de um precipício.

Olhando ao redor, tentou lembrar o que havia ocorrido, descobriu, por acaso, que nem sabia onde estava, nem como chegou ali e pior, não sabia quem era! Fechou os olhos e tentou se lembrar ao mesmo tempo em que tentou se equilibrar em pernas doloridas de quem havia levado uma surra.

“Quem sou eu?” Pergunta pertinente de quem acorda com três moedas no bolso, de sapato, calça e camisa social em meio a uma vastidão campestre a beira de um precipício e com uma repentina dor de cabeça! “QUEM SOU EU?”

Três palavras que ecoaram pela noite, três palavras que juntas representavam muito mais do que uma interrogação casual ou espontânea de quem acorda atordoado e confuso de um pesadelo. Essas três palavras representam a certeza de que a vida, mesmo que nem se lembre qual, nunca mais será a mesma... Um grito para o mundo de quem acabara de nascer que buscava um nome, um título, uma alcunha nesse novo mundo que sabia, iria desbravar.

Mas no momento, seu estomago dizia para sair dali, e para onde? Bem, as luzes distantes indicavam uma vida urbana, da qual provavelmente seu passado pertencia, e chegou à hora de regressar. Como um guerreiro que volta da batalha, ergueu a cabeça e rumou para a cidade, passo a passo, morro a baixo, as lembranças invadiram sua mente, agora sabia quem era...

Sim, agora sabia quem era o grande herói dessa diáspora! Chamava-se João do Nascimento! Visionário e funcionário público.

(Crimson)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Anetodas

Sou responsável por tudo na minha vida, sendo assim não tenho direito de reclamar dos meus males, dos meus infortúnios e principalmente das minhas loucuras pessoais!

Mas quero deixar bem claro! Que meus interesses são sobre tudo, pessoais!
Sou socialista por opção, penso de forma comunista e solidária, mas não nego que sou egoísta e muitas vezes filha da puta!

Eu sinto como poucos, talvez infantil e ingênuo, porém, sobre tudo, romântico!
Sim, Romântico! Com todas as peripécias que isso pode me causar... Idealista, louco, pateta e possessivo! Tentei de todas as formas mudar meu jeito de ser!
Já fui frio e ainda sou em muitas ocasiões, cientificamente calculista!

Busquei com todas as minhas idolatrias padrões que definissem meus ideais, mas no fim não passo de um pseudo estereotipado, sábio para alguns, imbecil para a maioria e sobre tudo, idiota para eu mesmo!

Mas o que fazer? É assim, assim sempre foi e será, amo acima de tudo. Sinto! Sinto e necessito sentir, eu não seria eu, se não sentisse como sempre sinto! O problema é exatamente esse, eu sou viciado em sentir e nesse exato momento me ocorre que não mais sinto!

E por mais que busque referências. Pessoas, lugares, lembranças (essas sim, vêem como furacões, esmagando todas as minhas estruturas e precauções), eu me satisfaço temporariamente... Repentinamente! Busco nas lembranças sensações que nem sei se cheguei a ter, o problema é que não me renovo, e por mais que busque, estou ficando velho, e como um amigo havia me dito...

“Apaixonamos-nos até os vinte anos”

Depois... Depois, não sei como conseguir, não sei como me alimentar, não sei como seguir! Busco constantemente por novas sensações, mas como disse estou ficando velho! E sinto que minhas paixões se foram e nas lembranças profundas do meu ser, não consigo resgatar nada além de melancolias e saudades!

Sinto falta, e nem sei expressar o quanto...

(Crimson) 

domingo, 28 de agosto de 2011

Manar

Gelado! Ouviu à pele rasgar
O coração saltando em sua garganta
Na mente pensamentos confusos, os olhos girando
Abaixou a cabeça, mirou a lamina

E o sorriso veio instantaneamente
Sem saber o porquê, mas teve certeza...
No sorriso tremulo, o sangue encheu-lhe a boca
Em meio à confusão e gritos, caiu feliz!

Finalmente alvorecera

(Crimson)

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Visão

Quando eu era pequeno, entre 5 e 10 anos, morava em uma pequena cidade do interior. Mas o que me importava mesmo, era passar as férias na casa de meus primos. Eles moravam no último andar de um prédio na cidade grande, e eu adorava ficar lá em cima, olhando para a rua, entretanto, daquela época só me lembro de uma coisa: a banca de jornal da calçada.

A cidade era bonita, as pessoas eram bonitas, tudo na cidade grande era diferente. E sempre que eu podia, e tinha dinheiro, descia até a rua para comprar alguma coisa na banca. Descia feliz, subia feliz. A cidade grande era muito boa.


Os anos passavam e a cidade não mudava, continuava bonita, perfeita, com sua cheia banca de jornais na base. 

Mais alguns anos passaram, fiquei muito tempo sem ir aos meus primos, e das vezes que fui, percebi que as coisas estavam diferentes, a cidade estava escura e suja, com pichação. Nunca havia visto nenhuma por lá antes. A banca também não estava mais lá, mas eu sempre estava com pressa, não dei atenção.

Finalmente com as voltas do mundo encontrei-me morando com meu primo, e na primeira noite em claro, olhei pela janela da madrugada. A noite estava laranja, sozinha, e percebi como há muito tempo antes, que a banca não estava lá, mas dessa vez, a imagem me desceu pelo trato digestivo, fria e pesadamente chegando à minha consciência. Pela primeira vez na vida, notei que a cidade sempre fora suja e escura, e que a visão da banca de jornal é que mascarará tudo aquilo que eu tinha visto por anos. Consegui lembrar que quando descia para ver revistas, atrás da banca, havia as paredes pichadas, e atrás das paredes pichadas uma série de coisas que até hoje nem posso imaginar. Parei para pensar que talvez, isso signifique que minhas lembranças de infância não foram tão coloridas quanto eu achava que eram. E com isso, talvez eu pudesse parar de comparar meu presente descontrolado com um passado idealizado, visto pelos olhos de uma criança distraída. Tomei consciência naquele momento que era um adulto e que a frieza do mundo se esconde na falta do que algo que podemos chamar de nossa banca de jornal nos faz. 


(Victor Marin)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Surpresa

Surpresa! Surpresa...
Finalmente sinto?
Não! Não sinto.
Não sinto, não sinto...

O que sentiria? Por que sentiria?
O sentimento não existe, a concretização...
Essa sim existe!

E nada além do concreto
O resto? Palavras
Ditas, interpretadas, analisadas...
Não concretizadas

O mundo dos concretos...
Realizáveis, palpáveis, tocáveis!
Sinto não existir o sinto!

Surpresa! Surpresa!
Eu sinto?
Eu sinto não existir o que Sinto?
EU SINTO!!

Mas prefiro não sentir...
O que sinto não é concreto
E mesmo assim, me é tomado! 

(Crimson)

domingo, 19 de junho de 2011

...

Nenhuma ofensa que me seja feita,
É mais ofensivo do que o que eu penso sobre mim.


(Bruno/Crimson)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Orbe

As pétalas se abrem, em círculos
Brancas, cintilantes ao sol
Girando ao sopro do vento
A vida renascendo... Nascendo
Como o cosmo infinito...

Os doze signos, soberanos e precisos
As sete irmãs...
Aldebarã, nascendo ao crepúsculo
Branca, imponente, cintilante
Como as pétalas da rosa crepitante.

Reluzente, bela e pura
Seu odor penetrante
Ninfa celestial deste mundo gigante
Não sei se a mais brilhante!
Mas parabéns...

...a mais exuberante de todas as rosas do universo distante.


(Crimson)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A Dança

Abro os olhos...
Visão turva

Ao redor pessoas passando...
Música estranha, ótima!
Fecho os olhos, minha mente inebriada...

Abro os olhos... Ela girava...
Estava tão perto que ouvia sua respiração  
Afobada!

Os olhos se cruzaram
Ao menos eu acho!

Fecho os olhos... Tudo gira, o mundo gira!
Sorrisos, conversas perdidas, o passo descompassado
O Beijo!

Tudo se encaixa, a visão melhora, a mente concentra-se
A música alinha-se aos passos... Voltas, e voltas
Tudo passa as pessoas somem a música...

Como se fossemos um só, a sincronia de todos os elementos
A terra inteira está dentro de mim!

Girando, girando...

(Crimson)

terça-feira, 12 de abril de 2011

Diversão

O divertimento temporal reflete a chateação global
Em que os humanos se bestializam e se digladiam
Unicamente pelo e para o próprio divertimento!


(Crimson)

terça-feira, 29 de março de 2011

Nêmesis

Há nesse olhar translúcido e magnético
A mágica atração de um precipício;
Bem como no teu rir nervoso, cético,
As argentinas vibrações do vício

No andar, no gesto mórbido, esplinético,
Tens não sei que, de nobre e patrício,
E um som de voz metálico e frenético,
Como o tinir dos ferros de um suplício.

És o arcanjo funesto do pecado
E de teu lábio morno, avermelhado,
Como um vampiro lúbrico, infernal,

Sugo o veneno amargo da ironia,
O satânico fel da hipocondria,
Numa volúpia estranha e sensual.

(Carvalho Júnior)

Fantasia

E se, de repente
A gente não sentisse
A dor que a gente finge
E sente
Se, de repente
A gente distraísse
O ferro do suplício
Ao som de uma canção
Então, eu te convidaria
Pra uma fantasia
Do meu violão

Canta, canta uma esperança
Canta, canta uma alegria
Canta mais
Revirando a noite
Revelando o dia
Noite e dia, noite e dia
Canta a canção do homem
Canta a canção da vida
Canta mais
Trabalhando a terra
Entornando o vinho
Canta, canta, canta, canta
Canta a canção do gozo
Canta a canção da graça
Canta mais
Preparando a tinta
Enfeitando a praça
Canta, canta, canta, canta
Canta a canção de glória
Canta a santa melodia
Canta mais
Revirando a noite
Revelando o dia
Noite e dia, noite e dia

(Chico Buarque)

terça-feira, 8 de março de 2011

O Homem

O Homem correu... Apenas correu, largou o cigarro o jornal e saiu correndo, na tarde quente e insuportável de verão, poderia ser um frenesi momentâneo devido a um torpor anterior. Não sabia exatamente o porquê, só corria... Quase como Forrest Gump só que não contava histórias, na verdade nem uma simples piada! Não sabia nada, talvez por isso corresse.

Calçada à cima, rua a baixo, asfalto, ladrilhos... Já houvera tirado o paletó, alargara a gravata, suava... Corria, corria, CORRIA! Para onde? Para quê?

O desespero, o medo, a dor, a raiva, a angústia, já passara por tudo, só lhe restava o adormecimento das pernas a falta de ar aliado a uma sede insaciável... Mesmo assim corria!

Repentinamente, como que por magia... Sim, sua mente trabalhava. A escuridão em que lhe inebriava os pensamentos se desanuviava, ele podia enxergar como nunca, como um menino que vê algo tão inusitado e aguardado... Como o mar, como a primeira vez que o deslumbra, toda aquela imensidão. Era uma nova e surpreendente descoberta!

Seus pensamentos seus tormentos, tudo, exatamente tudo, estava explicado.

E como um trem que pelos trilhos tem seu destino traçado, ele tinha uma nova direção, rumou então para seu desígnio! Certo de que não há nada melhor, correto, sincero e inestimável a ser feito.

Quase sem forças, no âmbito de sua loucura, esclarecedora! Nos confins da cidade, lá estava o lugar! O momento derradeiro, no alto do morro a beira de um penhasco que daria em um rio, ele para! Olha ao redor aprecia pela primeira vez o entardecer, olha para baixo! As águas correntes, e então...

Ajoelha-se, deita-se de costas para o chão e adormece... 



(Crimson)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Aforismo

“A sobriedade humana está na mais profunda embriaguez do seu espírito, confluindo naturalmente para grande tolice de se achar certo, raro, justo, e principalmente... Amável.


(Crimson)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Falta

Só estou cansado... falta dos olhares, falta de sentir, falta de sorrir deu não sei o que!

Falta a pessoa que olha a lua em algum lugar por aí, no mesmo instante que eu!

Falta o cigarro e o ultimo gole, só para dormir bem...


É falta muita coisa.


Sempre faltam coisas!



(Crimson)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Window of Doors

Sentado em minha janela ouvido um blues
Fumando o meu cigarro, com uma taça de vinho
O gosto suave, doce, áspero, dando um nó ideal em minha garganta
O leve entorpecer lembra-me delas...

Amanda, Rafaella, Barbara, Beatriz

Sentado em minha janela ouvindo um bom blues
A lua crescente, à noite chegando
O cheiro de frio nas folhas das árvores
Fumando meu cigarro, com a taça de vinho na mão
Lembro-me delas...

Carol, Thaís, Bianca, Luana

Sentado com o bom blues,
Cigarros mentolados, vinho barato
O vai e vem de ilusões
Lembro das ninfas

Daniela, Nicole, Larissa, Gabriela
Carina, Fernanda, Isabella...

Ótimo blues…
E o vinho abrindo as portas… 

Cars Hiss By My Window”

(Crimson)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A Busca

A vida é um coquetel de encontros, os momentos nada mais são do que as sucessões de encontros.

Encontros importantes, tristes, alegres, românticos, inoportunos, banais... Marcados, desmarcados, desencontrados!

Foi o encontro entre dois seres que possibilitou que você, eu, todos existissem, ou não existissem, afinal todos vamos ter um encontro final. A morte, nem se quer marca hora!

Porém, antes sucessivos e intermináveis encontros propositais ou não, ocorrerão.

Na rua do seu trabalho, você pode encontrar o pai ou a mãe do seu futuro filho, ou este pode, quem sabe, ser alguém com quem você já teve muitos e muitos encontros, mas não se deu conta de que ainda vai ter um decisivo e cheio de fluidos... rsrs

Pode ter desencontros passados que se encontram no futuro, afinal errar é humano e às vezes cometemos erros por dar encontrões apressados antes da hora ou seja: enfiar os pés pelas mãos. (quem criou essa expressão idiota?)  

No fim o que todos procuram e o encontro decisivo, mais importante do que o ultimo, pois esse virá e não avisará, na verdade nem importará o encontro decisivo esse sim, esse é fundamental para todos, e o pior é que ele pode nem ocorrer!

Encontrar a si mesmo no meio de tantos vai e vens é quase impossível se é que possa ser real, mas fazer o que? Eu continuo, quem sabe um dia eu esbarre em mim...

E você, já se encontrou? 

(Crimson)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Consoli d a ç ã o

Flor – Vento – Mar

Navegar – Fluorar – Soprar

Cheirar – Levitar – Boiar

Pousar – Afundar – Murchar

Furar – Sufocar – Afogar

Sonho – Imaginação – Meditação

Desfragmentação...

Desilusão...

Definição!


(Crimson)