Pesquisar este blog

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A Nova Luz

Em meio a parques, sorvetes, bexigas, risadas e crianças, fim de semana ensolarado na cidade do Carmo com a família...
A zona leste de São Paulo me parecia o melhor dos mundos.
Tempo em que eu fitava o semblante de meu pai (quase sempre sério!).
Épocas de alegrias pequenas, vida pequena, onde até o cachorro da casa era personagem principal...
Hoje em dia em vão me tento explicar, as janelas são surdas!
Enquanto no jardim de casa um sapo canta desafinado...
Uma canção triste e solitária.
Depois do fenecimento de tantas ilusões, meus olhos foram perdendo a luz natural que tinham, como uma barreia defensiva do próprio corpo!
E depois de tanto tempo, vejo que o uso de apetrechos, tecnologias humanas são completamente inúteis para tentar se curar.
Essa cura não pertence ao mundo humano, e sim a uma cosmologia maior, uma transmutação que tarda em vir... Um peito que incha, uma nova luz que bate sobre o corpo.


(Felipe Pöe)

Nenhum comentário:

Postar um comentário