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domingo, 26 de dezembro de 2010

Crepúsculo

Crepúsculos são os instantes em que o céu próximo ao horizonte no poente ou nascente toma uma cor gradiente, entre o azul do dia e o escuro da noite. Normalmente acontecem no instante em que o Sol, “ao nascer” ou “se por”, também chamado de lusco-fusco, encontra-se logo abaixo da linha do horizonte marítimo, sendo que em alguns casos, como em regiões montanhosas, podem ocorrer antes do por do sol ou depois do nascer do sol. Nesse momento é que os navegadores conferem sua posição estimada, comparando a abertura esperada em graus com a observada do horizonte ao astro. 


Veja abaixo: 






(Wikipédia)

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Irresistivelmente Linda!

O calor tremulo de um verão chuvoso
O frescor revigorante da primavera florida
Compara-se ao cheiro revitalizaste de seu corpo juvenil

Linda, descompassante, exuberante!
Adjetivos inexistentes para tão bela amazona
Guerreira mágica, usurpadora do meu ser, do meu bem querer!

O meu coração procura pulsar
Inutilmente se cronometrar
Alinhar-se a uma razão incipiente!

Em que o fogo da paixão insurgente
Queima todas as teorias latentes
De uma inteligência incoerente

Sendo o amor um tormento persistente


(Crimson) 

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Imortal?

Morto há dois meses e vinte e um dias, percebo que ainda estou vivo. Chego à conclusão que a imortalidade é possível! Possível, pois como saberei exatamente que morri?

Exatamente dois meses e vinte e um dias atrás eu completei ou completaria 24 anos, e segundo algumas idéias que cheguei a ter, a cerca de quatro meses, essa possivelmente seria a data de meu fim. Porém isso não ocorreu, os motivos são vários, passando da preguiça ao conformismo e até mudança de ideais. Na verdade isso não tem mais importância.

O que realmente me intriga é a possibilidade de eu ter morrido, segundo a teoria do Gato de Schrödinger, eu posso ter tomado o veneno. Mas digamos que eu realmente tivesse tomado! Será que para minha realidade pessoal o veneno teria me matado?

Penso nas várias vezes que eu quase fui atropelado, ou quase tive um mal súbito ou cair de algum lugar alto, ter quebrado o pescoço, etc. segundo Schrödinger tudo isso pode ter ocorrido, e em várias realidades eu já morri. O problema é que, será que para minha própria realidade em qualquer um desses universos paralelos eu morri?

A partir desse ponto poderia concluir que na verdade somos todos imortais? Ou seja, para nós, digo para a realidade de qualquer uma das 8 bilhões de pessoas do planeta, apenas um eu ou você continua vivendo para sempre! Vendo todos os entes, conhecidos e inimigos morrendo um a um até que sobre apenas você/eu e com isso o mundo se torne algo insuportável e naturalmente nos tornemos misantropos a ponto de... Sei lá, fugir para uma cabana vivendo sozinho! Alheio do envelhecimento humano!

Com isso concluo que a existência pessoal é um eterno paradoxo com a existência universal, talvez “matrixnizamente” tudo que está ao nosso redor não passa de uma realidade pessoal que pode ser única a ponto de a nossa própria visão ser completamente alterada para vermos o que intuitivamente está padronizado em um determinado contexto.

Em fim! Somos deuses de nós mesmos!


(Crimson)

sábado, 11 de dezembro de 2010

Cronos

O cheiro, do orvalho fresco
Gotejando de uma árvore morta
Em uma manhã sufocante de inverno


O cheiro, das flores murchas  
Exalada de um cacto decrépito 
Em uma tarde seca de primavera


O cheiro, da chuva ácida
Corroendo os carros velhos
Em uma noite tétrica de verão


O cheiro, dos frutos podres 
De um pomar abandonado
Em uma madrugada suja de outono


Doce perfume da natureza viva 
Em que a obra superior de um criador imperfeito 
Desdobra-se, pois é criação humana 
Assim como todas as sensações, humanas!


(Crimson)

domingo, 7 de novembro de 2010

Sonhos!

A vida regurgita, as lembranças nostálgicas
O passado pressente, os infortúnios recentes


Prendo-me e calo-me
Esqueço e tardo-me 
Sinto e espalho-me


Riu do que não sei
Choro do que já sei
O sopro, afaga! 


O sufoco!
Estanca, espana, estranha 
Barganha, o dia acanha 


A rotina sossega, os murmúrios inquietos 
Em que a vida esfrega, o sulco interno 
O defunto externo em um futuro incerto


No fim desacelero em uma espiral ínfima
De sonhos secretos 
Ao toque fúnebre do corpo esquelético

Apodreço-me em um caixão secular 
Em um inferno sintético de um mundo estéreo 
Subalterno eterno de uma morte exotérica! 


(Crimson)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Peço desculpas pela ausência de um pouco mais de um mês!

Estava e estou sem internet, impossibilitando novos textos.

Acho que isso não causa transtornos para ninguém a não ser para eu mesmo…rs

Mesmo assim para aqueles (se é que existe) assíduos leitores. Desde já, agradeço pela compreensão!

Abraços

Adendo.

Não esqueci da reflexão sobre o meu vigésimo quarto aniversário, em breve postarei.

Efémero

Hoje, contínuo sibilino!
O fim previno
No início retilíneo
Em fim saindo
Sozinho termino.

(Crimson)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Tarde Ensolarada

O balançar!
Voltas e mais voltas
No entardecer o sol reluzente

O estudo necessário... Hobsbawm!
Paginas e paginas... Espere!
- Amor tenho que estudar!
Ok! Venha cá!

Deitada em meu peito
Analiso sua expressão, seu rosto!
Acariciando lentamente com as costas da mão

O balançar da rede
O fim da tarde
Será eterno!

Juras de amor
Carinhos, no cabelo, na face. Abraços!
O vai e vem
Séculos passam-se a cada movimento

Amor eterno!
Os movimentos pararam
A rede está vazia!

Foi tudo um sonho? 

(Crimson)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Banalidades

O clímax momentâneo supera anos de empolgações vazias. Achar o tempo certo é quase impossível, mas continuamos.

Continuamos por quê?

A necessidade do ser humano de ser, poder e possuir transcende qualquer estabilização social. O homem acima de tudo é um catalisador de novas emoções, o que o transforma em um caçador nato, de aventuras constantes.

Infelizmente essa busca interminável, deixa marcas profundas em outros humanos. Ao qual não existem teorias, conselhos, métodos ou o que quer que seja que altere tais marcas, esse é o registro histórico dos relacionamentos sociais o que na teoria é chamado de “formação de caráter” ou “crescimento pessoal”.

Na pratica, não passa do vai e vem de intrigas, vinganças ou buscas de satisfações pessoais. Acho que por isso os velhos costumam ser chamados de sábios e os jovens de ingênuos. Ou ranzinzas charlatões e sonhadores impetuosos, respectivamente.

Fico com a transição... Ou como dizem: Carpe Diem!

(Crimson)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

...Durante a Valsa...

- Como se chamas?

- Beatriz, e tu?

- Eduardo...

- Quantos anos tem?

- 30 anos...

- E o trabalho!?

- Arquiteto...

- É solteiro?

- Até sábado, assim como você!

- Faltam cinco dias! Haha... 

(Luis Buñuel)




Diálogo do Filme: “O Anjo Exterminador, 1962”

HARAKIRI

Ele estava deitado á algumas horas, mas desejava poder contar alguns dias naquela posição.
Estava com dúvidas, perguntava-se constantemente se o que pensava era certo, se seus motivos eram suficientes para permitir que se desse o luxo de imaginar e nos momentos de profunda sinceridade...desejar.
Ele gostava dela, ela? Sua namorada, mas de uns tempos para “lá”, já não sentia a mesma coisa e se era a mesma coisa, era apenas um sentimento familiar, e isso o incomodava muito.
Sentia-se deprimido, queria no fundo apenas ter certeza de que gostava muito dela, e apesar de saber de tudo isso e saber também que perdê-la o mataria, ele não parecia ter muitas escolhas.
De repente ele passara a pensar em outras garotas, não por querer traí-la, isso seria impensável, mas, por uma incrível e inexplicável solidão. Uma solidão tão profunda que nem a certeza do amor de alguém sempre disponível acalmava. Quando pensava em deixá-la iludia-se, pensando nas novas oportunidades, sua solidão era assim, a sensação ou impressão de começar novamente, se afogar na esperança de um amor eterno imerso na dúvida do amor recém colhido o fazia pensar em ir embora.
Será que isso é normal, pensava. Ser uma pessoa que deseja mais do que tudo ficar com alguém para sempre, mas simplesmente fazer isso porque a melhor parte do amor é a dúvida do amor?
A responsabilidade que é vinculada ao sentimento de alguém por ele o fazia sentir-se enjoado.
Pensava que as oportunidades descentes haviam acabado, pensava que os adultos eram tristes, por que aparantemente ninguém se apaixona após os vinte, e essa sensação ele queria ter para sempre, lembrar do frio na barriga diante a chance de rejeição, os ouvidos tapados e o suor nas têmporas que profetizavam o beijo, era isso que ele temia perder, e era esse tipo de amor que o fazia feliz.
A capacidade que o homem tem de ficar horas pensando nela, pensando em como seria o mundo com ela mais perto e era essa a identidade que ele temia perder...
Confuso?

(Victor Marin)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Desculpe

Desculpe se eu fiz você chorar
Te esqueça, olha, o sol chegou
Me abrace, diga o meu nome
Diga que você me quer
Sinto o pulso de todos os tempos, comigo
Até quando eu não sei
Sinto o barato de todos os tempos, comigo
Até quando eu não sei

Mas desculpe, mas, eu vou me fechar
Não sou perfeito, nem mesmo você é
Me abrace, diga-me o meu nome
Diga que você me quer
Sinto o pulso de todos os tempos, comigo
Até quando eu não sei
Sinto o barato de ser ser humano, comigo
Até quando, até quando Deus quiser

(Arnaldo Baptista)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Devaneio

Água, limpa, transparente e corrente.
Sinônimo de vida, mudança, liberdade
Purifica, nutre e rejuvenesce.

Água, suja, turva e parada
Sombria, vazia, gélida
Congela, sufoca e mata.

Oh águas incipientes, quais caminhos me pertencem?
Quão fio será meu presente
Na secura iminente, construída no pretérito latente?

O calor de Dante
Queima, arde e destrói
Rejeita, insubordina e oprime
Transcende as loucuras insurgentes

Oh águas nascentes refresque corpo e alma
Deste pobre demente!

(Crimson)

30 dias

Reflexões sobre o que se passou no último mês são várias. Porém no exato momento nada me vem em mente para um discurso concreto, mas tentarei dizer algo.

Deixe-me ver... Desempregado a saúde não sei não obtive muitas melhoras ao menos parei de assoar sangue... haha

Sai corriqueiramente, bebi, fumei, dei risada com os amigos. Mas não sei se senti!
Reflexões contemporâneas... As eleições estão chegando, os mesmos rostos, novas piadas. Sem perspectivas, mantenho a contínua aversão à direita, religiosamente contra a direita, nada de coisas falsas e banais.. “A família, a ordem e moral” idiotices. Mas também sem energia e construtivismo do lado da esquerda.

A vida? Como havia falado anteriormente “Será que chego aos vinte quatro? Será que quero chegar aos vinte e quatro?” Ainda não sei, não acho respostas nem estímulos.
Paixões... Como disse à cima, não sinto! Tenho falta de sentir novamente, o coração velho está petrificado, e dentro contínuas nostalgias de tempos passados, isso me sufoca!

Por falar em sufocar, o ar me falta, tenho que sair daqui para qualquer lugar!
Falta um mês...


(Crimson)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Saudosismo

Sorrisos, brincadeiras
O tombo, o choro...
Hahaha

Onde está?

Ah! brincar, correr, pular...
Os sonhos
Astronauta, herói... Com capa!

Desenhos, brinquedos...
Doces, salgados, sorvetes
Sujar, lambuzar, rolar

Amigos!
Jogar, brigar, gargalhar..
Cicatrizes de batalhas sem histórias

Nostálgico, caótico
Gostos que não existem
Talvez sonhos?

Onde está?

Nas lembranças está!
O garoto que conheci...
E que morreu em mim.

(Crimson)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Noite!

Sombra desconcertante de um período inexistente!
Os brilhos das casas, reflexo de um universo incipiente
Os prédios são estrelas as cidades galáxias e o ser humano...
Deuses?

À noite os deuses caçam, comem e bebem
Transam, brigam e se divertem
O Olímpo? ruas, praças, bares e puteiros!

Escura, fria, aterradora, sombria
Misteriosa, elegante, serena, penetrante
Noite exalante de um cheiro sufocante
Irrompem os delírios dos amantes

E no Caos desta expansão universal
O sol renasce no horizonte
Triunfante e dominante.

E os Deuses reduzem-se a meros...
Humanos?

(Crimson)

sábado, 14 de agosto de 2010

Um Ano Qualquer

365 dias
8.760 horas
525.600 minutos
31.536.000 segundos

E centenas de milhares de milésimos...

Um ano de sorrisos sem alegrias
Um ano de ressacas sem sorrisos
Um ano de tédio com alegria

Um ano de vida, que vida?
Um ano de raiva!
Um ano de brincadeiras

Um ano de músicas, esquecidas
Um ano de estudos, sem frutos
Um ano de leituras, perdidas

Um ano de loucuras sem delírios
Um ano que passa e como passa
Um ano sem ti e sem mim

Um ano sem brigas! Não havia brigas
Um ano de conquistas! Sem méritos
Um ano sem lagrimas

Um ano sem abraços
Um ano sem sustos e carinhos
Um ano sem cafunés...

Um ano do início e do fim.


(Crimson)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O Trono

O vento, o dia!
Planando ao leu, com um só objetivo
O dorso reto, asas fixas
Soberano! Imperial!

O sultão dos céus
Predador vorás? Nem tanto
Anseia pela presa
O vôo supremo!

Asas pressionadas
O mergulho!
Momento derradeiro.
O ataque!

A concorrência
Quatro... Sete... Dez!
Brigas intermináveis, o mais ágio e rápido!
A conquista!

Seu premio?
A carcaça putrefeita!
Carniça, banquete nobre e requintado.
Digno de um Rei

Vida longa ao Rei!

(Crimson)

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Carne!

Abre a porta e entra. Sacolas de mercado nas mãos e a gigantesca bolsa no ombro esquerdo. Com o cansaço cotidiano do trabalho, deixa as sacolas em cima da mesa da cozinha. Uf... Um suspiro de desabafo de mais um dia estressante. Tira os sapatos com os pés, imaginando o banho quente e aconchegante de meia hora... Não, não de uma hora!
De repente, um agarrão inesperado, um puxão extremamente forte pela cintura, o grito de pânico abafado com uma mão abrupta! Sua mente entra em devaneios, susto, pavor!
Com outra mão escorregando sobre suas pernas, rasgando sua meia fina, estaciona em sua vagina por baixo da saia! O horror lhe assombra, a mudez atônita a sufoca.
Seu carrasco percebe o domínio hipnótico, sabe que já não corre risco com os gritos.
Desliza a outra mão até os seios arrancando-lhe o blazer, rasgando sua blusa e descendo a saia social. Joga a sua presa ao chão e começa o ritual de submissão, beijando e mordendo toda a extremidade das costas, descendo até os glúteos passando levemente a língua pela pele alva e macia!
Ela, ao mesmo tempo em choque, começa a perceber uma súbita excitação, seu corpo não responde mais as suas vontades. Começa a tremer, mas não mais de pavor, sente seu corpo arrepiar-se, os movimentos contínuos em sua xoxota, começa a lhe confundir, quer gritar, mas não de medo e pavor, mas sim gemidos de excitação e loucura!
Ele rasga-lhe a calcinha, enfia a língua no âmbito de sua presa, o local tão desejado e esperado, os fluidos inebriam sua mente, o prazer em saborear seu presente tão batalhado e aguardado, deixa-o intumescido, abaixa a calça e a obriga a segurar seu consolo!
Gira-a pelo cabelo, levanta e enche a boca de sua vitima com seu pênis inchado, fazendo engasgar-se com tamanha violência!
Ela hesita levemente, querendo demonstrar uma contrariedade já inexistente, abre a boca e recebe o naco de carne e nervos que já esperava, saboreando a cada contração “forçada” do seu carrasco.
Suspende-a até o sofá, virando-a de costas e de quatro enterra seu caralho em uma só estocada, rasgando e forçando a dilatação das paredes vaginais, a seco, ele praticamente escuta o rompimento da carne, o que o deixa ainda mais louco de tesão.
Ela grita com a primeira vibração, logo sente o liquido brotar entre suas pernas, quase um gozo instantâneo, com os movimentos frenéticos ela abaixa a cabeça e fecha os olhos, já não consegue pensar em mais nada...
Ele puxa seus cabelos e cavalga sua potranca como um cowboy fugindo de índios enraivecidos!
Seis, Dez...Treze minutos se passaram em que apenas o calor da fricção e os devaneios loucos preenchiam o tempo, gemidos, arranhões, puxões mordidas... Ao pé do ouvido 
– Eu sou seu dono! Você é minha! – Eu sou só sua, completamente sua...
Com um solavanco e as mão dele esmagando os seios dela, ambos então em um frenesi inimaginável. O Gozo!
Os suspiros de cansaço... Deitam ao chão em cima do tapete encharcado.
O caçador e sua presa após a luta pela sobrevivência o esgotamento...

- Você disse que só chegaria às 19h30min!

- Quis fazer uma surpresa... O jantar está pronto!

(Crimson)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Eu!

O olhar vago, às vezes atônito
O ambiente vazio de tanta gente
Faces perdidas, rascunhos de vida
Onde estou?

O encontro em família, as crianças correndo
As conversas frias, os assuntos os mesmos
Os risos! Expressões do passado
Aqui estou!

Um fim de tarde, ao bar com os amigos
Os mesmo papos os mesmo sorrisos
Do que falavam do que sorriam?
Por que estou?

Na madrugada, com o cigarro e o copo na mão
Mergulho em minha subconsciência em vão
Não há nada, não encontro ninguém
Mais uma vez estou.

Sozinho!


(Crimson)

Atravessando a Rua

Um velho atravessa a rua.
Droga! Tenho que ajudá-lo, mas estou sentado, não vai dar tempo!
Mas que velho estúpido, por que está atravessando a rua agora? Cheio de carros e sozinho! O que ele pensa? Que é o Super-Homem? Ah! Por que as pessoas velhas são tão estúpidas?
Mas analisando bem, não são apenas os velhos que são estúpidos! Por que ninguém o ajuda? Bando de imbecis...
Quando for velho, não farei esse tipo de estupidez. Mas também não vou querer que todos me levem para lá e para cá... 
Parando para pensar, os jovens que são mais estúpidos! Sempre correndo sem reparar em nada, sem prestar atenção em nada, nem no pobre velho que está atravessando a rua.
E as crianças ainda mais idiotas! São sempre elas que fodem com a vida de todo mundo!
Mas também não podemos deixar de culpar esses malditos motoristas! Velhos, jovens! São todos loucos só querem ser os mais rápidos... (Fonfom sai da frente seu lixo! Tira essa lata velha daí!) Ah! Pensando bem o ser humano que é extremamente retardado! Tudo é tão rápido todos tem sempre muita coisa para fazer, mesmo esse velho idiota que deve estar correndo (se é que se pode dizer que está correndo. rs) só para jogar bingo!
Ah! Humanidade insana!
Hum, mas também se não fosse toda essa insanidade que graça teria na vida?
Todos calmos, compassivos (Com licença, por favor... sim senhor, pode passar... ah! não há de que... por aqui, senhor... você primeiro...). Que mundo chato!
Olha só! Não é que o velho atravessou! Velho de sorte.. rs
Hum, nossa! Que horas são?
Droga estou atrasado!

– O Juca, já está pago!

Screeech! iééé!

– Quer morrer o viado!?


(Crimson)

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O Namoro

A Conquista

O encontro dos olhares, o momento inoportuno e inesperado.
O calafrio lento devido o choque das moléculas concluindo a reação química em que a atração se completa!
É a paixão! Momento indescritível em que o individuo, jovem, velho indiferente de idade sexo ou qualquer outra coisa, se encontra de front para o grande Big Bang das emoções humanas. Nada é tão forte, belo e cruel do que a paixão!
O jogo da sedução com empolgação e entusiasmo transforma o indivíduo no maior, melhor, mais bonito e inteligente da face da terra (ao menos em sua mente, quimicamente alterada pela atração e paixão).
Ah! A conquista. O jeito, as palavras, as brincadeiras, os olhares a pele... Tudo se completa, a reação de dois seres que buscam o afago gratificante da compreensão e do desejo do outrem!

Tudo isso em horas no balcão do bar, em uma tarde de domingo pós o dia dos namorados! O solteiro freguês e a linda garçonete...

O Romance

Terminada a fase de maravilhas entusiásticas da conquista, o individuo parte para o romance. Fase em que começa a política do compromisso, o individuo começa a ceder, faz concessões, tudo para agradar o outrem, ou melhor, a si mesmo, pois na política do compromisso segue a Lei de Hamurabi! “Em que aqui se faz aqui se paga!” Ou seja, tudo para ganhar sua grande e honorável recompensa!

... Após a conquista no bar, o Freguês começa a buscar a jovem senhorita no fim do expediente, levando até seu ponto de ônibus (Não, o individuo, não possui umas das principais armas do conquistador... O automóvel!!). Papos furtivos, conversas agradáveis, sorrisos, gargalhadas... Ow! Droga! O ônibus chegou e ele não teve tempo de ganhar sua recompensa! O entusiasmo pode ser um grande vilão nesse jogo!


O Rompimento

Sim! A paixão avassaladora não dura para sempre, infelizmente ou felizmente, o ser humano não consegue manter relacionamentos amorosos por muito tempo, uma série de fatores condizem com essa inegável realidade! Os elementos da química da paixão gastam-se rápido, e sempre precisam ser substituídos, nesse caso quase sempre aparece outro com mais nutrientes químicos e acabam separando essa reação tão complexa e frágil. Criando outras reações complexas.
Mas não é só isso! O desgaste dos elementos faz prevalecer outros elementos que não haviam aparecido no momento da atração. O jeito, as palavras, as brincadeiras, os olhares já não se completam, não interagem, as concessões não são mais aceitas.
É, chegou o momento do fim.

... Ao buscar "sua" linda garçonete e depois de conversas agradáveis e gargalhadas perdidas, o individuo deseja reclamar sua recompensa, ao tentar beijá-la...Chuác! Um beijo no rosto!
 - “Desculpe! não tem nada ver, somos amigos...”


(Crimson)

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Vou-me

A morte se anuncia! Fria, gélida
Linda e pérfida!
Na esquina da minha rua
Na garagem da minha casa
Nua, crua, dominante e soberana
Vejo os passos, escuto o aroma
Confundo-me, distraio-me  
A loucura inebriante do fim inevitável
Medo! Que medo? Milhões caem diariamente
Rebentos surgem indiferentes
Vou-me, talvez tarde
O sopro quente, ao pé da cama...
Sopro quente ao pé da cama? Sempre achei que fosse fria
Agora que me vou. Penso, Que belo dia!
Céu azul, poucas nuvens, clima calmo e refrescante
Confortável, despreocupado
Vou confiante, encontrar a linda dona d’minha alma
Oh morte delirante, beije-me e ame-me!

(Crimson)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Andando na Areia

O coração de repente ficou acelerado,
Sem querer pensar, que talvez o momento não coubesse jamais,
Sob a oportunidade que talvez não voltasse mais.
Por achar que em outro momento, seria errado.

De cabeça baixa, derrotada pela timidez e medo,
Súbito o impacto, um puxão, de braços e abraços iguais
Em querer se perder no momento, que te empurra e diz: vais
Apalpou o ar, encontrou os dedos. Na vista de todos, sem segredo.

Magnífico e confuso, o beijo,
E quando abriu os olhos! Sorriu em sua boca, deixando-se amar.
Já que liberto e tranqüilo estava o desejo.

As sombras juntas então, passaram a caminhar,
Inevitável é a esperança de viver amor que fluí como um Tejo,
Abraçados, no seu momento eterno, um par.


(Victor Marin) 

domingo, 1 de agosto de 2010

Silêncio

Os grilos, os coaxares dos sapos
O som dos carros solitários na madrugada vazia
Como ouvir o silêncio?
Como senti-lo?

O motor da geladeira
O bater das asas dos mosquitos
Onde está o silêncio?

O som do meu estômago
O pulsar do meu coração
Tudo é tão alto, tão barulhento!

O suspiro, o trago do meu cigarro
Sinto como se o piscar de olhos, fossem portas de chumbo fechando-se
O que é o silêncio?

Acho que só a morte dirá
Mas existe silêncio após a morte?


(Crimson)

Lira Noturna

Sombra, Soturno,
Procuro, penso,
Penso, procuro,
Penso, denso,
Esfacelo-me no ocaso cinzento...
Sorrio, levanto
Obtuso,
No ardor do vento.
Renascido,
Bebo e canto,
...e nessa geometria de cadência do vento
Sibilino, rio!
Só não penso.
 
 
(Felipe Pöe)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O Charuto


- E aí?

- Nada...

- Como assim? Ainda nada!?  Quantos dias?

- Na terça, temos que esperar até terça! Relaxa!

- Sim, eu sei!

Terça-feira.

- E aí?

- Nada! E não começa! Amanhã, amanhã!!

- Sim, sim, claro amanhã..

Quarta-feira.

- Então?

- Azul!! ...

(um minuto depois)

- Isso... Isso quer dizer que é menino?

- Não, Retardado.. Quer dizer que não estou...

- Aaahh... Vou até acender o charuto!!

(Crimson)

...Reticências...

Linda! Irresistivelmente linda! Que olhos magníficos, ao contemplá-los vejo o reflexo de minha insignificância perante tanta beleza.

Seus cabelos, negros como à noite, ao solta-los envolve-me como a noite em lua cheia no frescor do outono.

Sua boca, que boca, que lábios... Úmidos, levam involuntariamente a necessidade de beijá-los, nada mais importa só a concretização deste ato.

E o sorriso, tudo se ilumina com o leve ensaio deste sorriso, pode-se ficar horas, dias a eternidade apenas contemplando tal sorriso.

E a pele! A mínima menção de tocá-la já causa arrepios, um frenesi, um êxtase total ao arrumar levemente, o cabelo que lhe cai sobre os olhos.

A paixão é rotina ao conhecê-la, o difícil não é se apaixonar é sim apenas se apaixonar! Seu carisma, sua alegria a liberdade que só se conhece ao vê-la e ao qual descobrimos que estamos presos, presos aos grilhões da escuridão e feiúra deste mundo. 

Mas contrariando todos os prognósticos eu lhe ODEIO! Odeio por me libertar das garras nefastas de um mundo melancólico. Mas me escravizar a um AMOR eterno e sem barreiras, que me sufoca e cega completamente... Ah como te Odeio!


(Crimson)

A Primeira Batalha

Quando agente se encontrar
Pode ser qualquer dia
Assim como Manuel
Dono da folia 
Rei do bordel
Como Manuel
Dono da angústia
Perdido na alegria
Como Manuel
Assim como Manuel


(A Barca do Sol)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Amor X Sexo

- I Love You, Ich liebe dich, Te Amo, Je t'aime, Ik hou van jou, Ti amo, Is breá liom tú, AŠ TAVE MYLIU, Unë të dua, Maite zaitut, Я цябе люблю, Обичам те, Et Amo, Volim te, Jeg elsker dig, I Love, Ma armastan sind, Minä rakastan sinua, Σε αγαπώ,       אני אוהב אותך, Szeretlek, Aku cinta kamu, Es mīlu Tevi, Те сакам, Jeg elsker deg, Kocham cię, Te iubesc, Я тебя люблю, Волим те, Jag älskar dig, Mahal kita, Miluji tě, Seni seviyorum, Tôi yêu bạn,    أحبك, 我爱你, 당신을 사랑합니다, Mwen renmen ou,       من شما را دوست دارم,      میں آپ سے محبت کرتا, わたしは、あなたを愛しています... Minha amada. Nem todas as linguas do mundo podem expressar o quanto Eu Te Amo!


FODA-SE!


(Crimson)

O caminho

Ah droga! Vou ter que ir a pé, quem mandou gastar toda a grana?
Como era mesmo o nome dela?.. Ah Barbara que mulher linda que Deusa nipônica! Minha nossa, que pernas!

Pts, não devia ter misturado aquela vodka vagabunda com um vinho ainda pior! Mas qual o nome dela? A não! Essa subida de novo, que merda, tenho que parar de fumar!

Aah qual o nome dela?... Nossa como aquela Barbara é linda e que olhos são aquele...
Cemitério! Sempre gostei da vista de Suzano daqui, como é linda a madrugada e essa lua!

Como era o nome dela?... Aah rsrs, como ele é retardado, rolar como coxão pela rua só aquele doido mesmo..hahaha

Cadê meu cigarro, está frio para caralho! Óoo Barbara que mulher!!...

Ah já estou aqui? Nossa, esse córrego, deixa a noite ainda mais fria! Quanta espuma, será que todo mundo resolveu tomar banho de madrugada? Ou será outra coisa, nossa... Espero que não seja uma diarréia em cadeia.. kkk  Que merda, quanta merda é necessário para formar essa porra? Ah deve ser detergente... espuma branca...

Qual era o nome dela? Ah estou cansado, devia ter pego outra breja antes de sair, é deveria!

Ah Barbara ai, ai que mulher...

Finalmente, estou chegando... Que sono, vou fingir que me esqueci de tomar banho, é acho que posso fazer isso!

Qual era mesmo o nome daquela ruivinha que fiquei?  Ah Foda-se!

Pts!! Esqueci minha chave, Porra!! Oh Mãe!!!

(Crimson)

A Complexidade de Entendimento das Organizações Sociais no Contexto desta Contemporaneidade sem Perspectiva.

Draga, droga, droga, droga, droga.... droga!! Ah droga.... hum droga, droga, droga
Merda, que merda, droga viu... caralho! P... que pariu!!

Como eu quero beijá-la;

Tenho que beijá-la;

É isso! Vou beijá-la... 


(Crimson)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Vale Verde

Não quero que reflita em meu rosto
Sombras, cinzas impurezas deste ar
Olho o céu não vejo mais o escuro
Quero vê-lo brilhar.

Como os raios coloridos desse sol
Essa liberdade que nunca chega
De portas trancadas, preciso sair.

Eu quero sentar num banco de um jardim
Pensando em poder achar um mundo assim
Com flores astrais ao redor de mim
Quero um vale verde pra que eu possa respirar em fim.

(Casa das Máquinas)

Necessidades

Que tipo de coisa pode-se esperar de um cara de vinte anos, que poderia estar desfrutando de varias figuras femininas as quais nos dão asas a imaginação, e nem se quer pode-se dar ao luxo de pensar na possibilidade de tal façanha?

Quantos caras de vinte anos, de fato, você conhece que se disponibilizam/sacrificam três anos da sua vida, sendo fiel a uma garota?

É as pessoas se cansam.

Foram três longos anos de dedicação, ela dizia - Para que? Para que dar valor a um egoísta como você?

La estava eu aos choros de minha ex-namorada, ansioso para que aquele teatro todo se acabasse, queria flertar com a primeira que aparecesse na minha frente. O namoro caiu na rotina, não saiamos, às vezes havia sexo (nem isso era tão bom agora), e sempre brigávamos, acho que nesse ultimo quesito se resumia o nosso “ninho de amor”.

Passaram duas semanas e eu ainda não havia efetivado nenhuma das minhas tão sonhadas excentricidades de solteiro, resolvi então propor a minha ex. um reencontro, mas sem nenhum tipo de compromisso, ela topou. Nos encontramos em um motel, que nos tempos de namoro visitávamos frequentemente. Chegando ao quarto tomei-a por um beijo que tirou-lhe o ar, ela foi arrancando minha roupa e em um surto de excitação começou a arranhar-me as costas com suas unhas afiadas, nunca a vi assim, foi maravilhoso.

Nosso novo caso durou mais umas duas semanas. Ela encontrou um caipira que lhe falava e fazia “banalidades” amorosas as quais eu já não fazia questão (declamava-lhe poemas e lhe dava chocolates).
O sexo é muito melhor quando não há compromisso, a ausência de compromisso significa ausência de pudor.

Foi à melhor noite que tivemos em três anos.

(Felipe I. Bollella)