O cheiro, do orvalho fresco
Gotejando de uma árvore morta
Em uma manhã sufocante de inverno
O cheiro, das flores murchas
Exalada de um cacto decrépito
Em uma tarde seca de primavera
O cheiro, da chuva ácida
Corroendo os carros velhos
Em uma noite tétrica de verão
O cheiro, dos frutos podres
De um pomar abandonado
Em uma madrugada suja de outono
Doce perfume da natureza viva
Em que a obra superior de um criador imperfeito
Desdobra-se, pois é criação humana
Assim como todas as sensações, humanas!
(Crimson)
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