Morto há dois meses e vinte e um dias, percebo que ainda estou vivo. Chego à conclusão que a imortalidade é possível! Possível, pois como saberei exatamente que morri?
Exatamente dois meses e vinte e um dias atrás eu completei ou completaria 24 anos, e segundo algumas idéias que cheguei a ter, a cerca de quatro meses, essa possivelmente seria a data de meu fim. Porém isso não ocorreu, os motivos são vários, passando da preguiça ao conformismo e até mudança de ideais. Na verdade isso não tem mais importância.
O que realmente me intriga é a possibilidade de eu ter morrido, segundo a teoria do Gato de Schrödinger, eu posso ter tomado o veneno. Mas digamos que eu realmente tivesse tomado! Será que para minha realidade pessoal o veneno teria me matado?
Penso nas várias vezes que eu quase fui atropelado, ou quase tive um mal súbito ou cair de algum lugar alto, ter quebrado o pescoço, etc. segundo Schrödinger tudo isso pode ter ocorrido, e em várias realidades eu já morri. O problema é que, será que para minha própria realidade em qualquer um desses universos paralelos eu morri?
A partir desse ponto poderia concluir que na verdade somos todos imortais? Ou seja, para nós, digo para a realidade de qualquer uma das 8 bilhões de pessoas do planeta, apenas um eu ou você continua vivendo para sempre! Vendo todos os entes, conhecidos e inimigos morrendo um a um até que sobre apenas você/eu e com isso o mundo se torne algo insuportável e naturalmente nos tornemos misantropos a ponto de... Sei lá, fugir para uma cabana vivendo sozinho! Alheio do envelhecimento humano!
Com isso concluo que a existência pessoal é um eterno paradoxo com a existência universal, talvez “matrixnizamente” tudo que está ao nosso redor não passa de uma realidade pessoal que pode ser única a ponto de a nossa própria visão ser completamente alterada para vermos o que intuitivamente está padronizado em um determinado contexto.
Em fim! Somos deuses de nós mesmos!
(Crimson)
Uma grande mistura de The Big Bang Theory com um pouquinho de Fringe, mas ficou legal. :)
ResponderExcluirAbraço, cara.
Junior