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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Gênese

No horizonte, montanhas pontiagudas
Frias, destemidas e aterrorizantes

Descendo à encosta íngreme e congelada
Em curvas tortas e acidentadas
Devasta as planícies suntuosas e encharcadas
Com florestas fechadas e assombradas
Por gerações passadas e desesperadas

Chega à savana castigada
Por monstros urbanizados
Sobe o planalto seco com cidades esquecidas
Encontra-se tumbas mórbidas
De homens enfurecidos pelo legado perdido
Em gerações despreocupadas com os tesouros antigos

O vento leva angústias e gemidos
Por estepes lameadas e estéreis
Atravessa os pântanos de rios negros e gelados
Desaguando em um oceano profundo e moribundo
Onde seres digladiam-se por comida e luz
De um sol distante e opaco em nuvens cinza e tempestuosas

O dia termina com o início fúnebre em furações de fogo e gelo
Destruindo as lembranças vagas de uma senhora outrora soberana,
Seu nome só Mnemósine guardará em suas entranhas!

Mas, algum dia um grito surgirá e aludir irá...

Beltia, Brígida, Cipactli, Danu, Eva, Isis, Kali, Nerthus, Soveregnty, Tellus Mater, Tiamat, Tlazolteotl, Ukemochi... Gaia, À Mãe Profana!


(Crimson) 

Um comentário:

  1. Olá, tudo bem? Se lembra de mim? Sou Yasmin , vc me passou seu blog para eu dar uma olhada...gostei muito dele, os poemas são muito legais e os temas também. Parabéns.

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