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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Vou-me

A morte se anuncia! Fria, gélida
Linda e pérfida!
Na esquina da minha rua
Na garagem da minha casa
Nua, crua, dominante e soberana
Vejo os passos, escuto o aroma
Confundo-me, distraio-me  
A loucura inebriante do fim inevitável
Medo! Que medo? Milhões caem diariamente
Rebentos surgem indiferentes
Vou-me, talvez tarde
O sopro quente, ao pé da cama...
Sopro quente ao pé da cama? Sempre achei que fosse fria
Agora que me vou. Penso, Que belo dia!
Céu azul, poucas nuvens, clima calmo e refrescante
Confortável, despreocupado
Vou confiante, encontrar a linda dona d’minha alma
Oh morte delirante, beije-me e ame-me!

(Crimson)

2 comentários:

  1. "A loucura inebriante do fim inevitável
    Medo! Que medo? Milhões caem diariamente
    Rebentos surgem indiferentes
    Vou-me, talvez tarde"

    isso é LITERATURA VIVIDA, a concepção de ir tarde, deixar a vida, expressa o quanto a vida lhe angustia.

    parabéns

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  2. Na verdade, Literatura "Morrida"..rs

    Obrigado meu velho!

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